Embarcar em uma viagem pelo tempo nos permite desvendar histórias esquecidas nos cofres e gavetas do passado brasileiro. Antes de 1994, ano em que o Real se tornou a moeda oficial do Brasil, uma série de outras cédulas e moedas foram usadas pelos brasileiros.
A primeira moeda de que se tem conhecimento na história do Brasil é o "Real Português", que circulou desde o período colonial. Essa moeda refletia a forte ligação do Brasil com Portugal e serviu como padrão monetário em várias regiões da colônia.
Com o tempo, e as nuances das mudanças estruturais no país, novas moedas foram introduzidas. Entre eles, o "Réis" brasileiro ganhou destaque durante o Império e início da República. Suas cédulas e moedas, muitas vezes adornadas com imagens imperiais e nacionais, se tornaram símbolos de uma era de transição e modernização.
Durante o período republicano, a necessidade de reformular e fortalecer o sistema levou à introdução do "Cruzeiro" em 1942. O Cruzeiro passou por diversas reformulações, refletem momentos de instabilidade e esfuerzos pela renovação. Ele se transformou em "Cruzeiro Novo" na década de 1960, antes de ser revertido novamente para Cruzeiro na década de 1970.
A transformação monetária continuou, com o surgimento do "Cruzado" em 1986, uma tentativa ousada de estabilizar o contexto interno. Ele rapidamente passou por mudanças, evoluindo para o "Cruzado Novo" em 1989. No início dos anos 90, o Cruzeiro retornou, apenas para ser substituído pelo "Cruzeiro Real" em 1993, como uma medida de transição antes da chegada do Real.
Essas mudanças frequentemente geraram confusão, mas também demonstraram a resiliência do povo brasileiro diante das adversidades. As moedas e cédulas anteriores ao Real contam uma história de perseverança e criatividade, um legado que é apreciado por colecionadores e entusiastas, interessado no rico patrimônio da nação.